Publicado por Redação em Previdência Corporate - 23/02/2011
Bayer HealthCare dobra investimentos no Brasil
Recursos destinados à área passarão de pouco menos de 4 milhões de euros para 8 milhões de euros neste ano.
A Bayer HealthCare irá dobrar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil em 2011. Os recursos destinados à área passarão de 4 milhões de euros para 8 milhões de euros. A decisão faz parte da estratégia da divisão farmacêutica da multinacional alemã de apostar nos países emergentes para continuar crescendo.
Até 2015, a empresa pretende ocupar uma das cinco primeiras posições no ranking das maiores do setor nessas regiões. Hoje, ela fica entre a 6ª ou 7ª, dependendo do país, tendo 20% de seu faturamento originado nesses mercados.
Além dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a companhia planeja lançar novos medicamentos. Atualmente, a companhia tem 54 remédios em fase de estudo e quer aumentar a integração com os países da América Latina para realizar tais pesquisas. "O Brasil é um país com profissionais muito qualificados para fazer estudos, mas o processo de aprovação para a condução de pesquisas é mais lento do que em outros lugares, como a Argentina, o que faz com que o Brasil seja excluído de muitos processos", disse, em comunicado, o presidente mundial da Bayer Heath Care, Andreas Fibig. Hoje, apenas 1,5% das pesquisas clínicas são realizadas no Brasil.
"O ideal seria termos algo em torno de 20 a 30 milhões de euros para investir", afirmou o presidente da Bayer no Brasil, Theo van der Loo. Os estudos realizados no Brasil se concentrarão nas áreas de oncologia, cardiologia e saúde da mulher. Anualmente, a Bayer gasta cerca de 1,6 bilhão de euros na pesquisa de medicamentos. Cada novo remédio consome algo entre 1 bilhão e 2 bilhões de euros antes de chegar às prateleiras.
Emergentes
A opção pelos emergentes é baseada nas projeções de crescimento do mercado farmacêutico para os próximos anos. O setor deve crescer nos países emergentes em 2011 de 15% a 17%, alcançando US$ 180 bilhões, 20% do total mundial. A alta global ficará, no máximo, em 7%.
O Brasil, que em 2010 ocupava a décima posição entre os maiores mercados do mundo, deve pular para a sexta em 2014. "Estamos onde estará o crescimento nos próximos anos. E temos uma vantagem: enquanto nossos concorrentes estão perdendo suas patentes, nós temos muitos lançamentos ainda por vir", disse Fibig.
Lançamentos
A farmacêutica prepara uma série de lançamentos para este ano no Brasil. Em março, será lançado o contraceptivo oral Qlaira, feito a partir de hormônios naturais. O país é um dos principais centros de produção da Bayer para anticoncepcionais, com produção de quase 2,5 bilhões de pílulas por ano, gerando US$ 120 milhões em exportações. A partir do Brasil, a multinacional abastece a América Latina e alguns países asiáticos.
Para o segundo semestre, está prevista a chegada aos mercados do medicamento para hipertensão pulmonar Ventavis e do Levitra ODT, contra a disfunção erétil. Outros três remédios devem ser lançados ainda neste ano no Brasil.
Fonte: www.saudebusinessweb.com.br | 23.02.11