Publicado por Redação em Vida em Grupo - 04/08/2014

Aumento do tributo sobre o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT)

O aumento da contribuição ao Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), que passou a se chamar Riscos Ambientais do Trabalho (RAT), realizado pela União, sem apresentar justificativas, está em análise do Poder Judiciário. O caso está sendo avaliado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde uma empresa do setor de autopeças discute se é válida a mudança da alíquota do SAT do setor, que passou de 2% para 3% em 2009. A companhia alega que não foram apresentados os motivos para este crescimento.

O Poder Executivo tem entre suas obrigações o princípio da motivação, e quando vemos o governo elevando a alíquota de um tributo, ele tem de fazer isso atrelado a um motivo. Ou seja, tem de existir uma correlação com o que está sendo gasto e o que está sendo arrecadado pela Previdência. O aumento de alíquota da contribuição ao RAT afronta o artigo 22 da Lei Federal nº 8.212, de 1991, que dispõe sobre a organização da seguridade social. Se provado pela empresa que o aumento da alíquota não foi pautado em estatística devidamente apurada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, ela não pode ser obrigada a arcar com o tributo. No julgamento do STJ, dois ministros já entenderam que o fato de não terem sido apresentados os motivos impediria o aumento da alíquota. Porém, o ministro Benedito Gonçalves pediu vista e o julgamento foi adiado.

A decisão do STJ reflete diretamente nas empresas que tiveram esse aumento na taxa do RAT. O precedente do tribunal será importante para que as empresas discutam no Judiciário a questão. O caso em julgamento deve entrar na pauta novamente da Corte até o fim deste ano. E o ministro Benedito Gonçalves deve seguir o entendimento dos demais que já votaram

O tema é de extrema relevância para a saúde financeira das empresas, uma vez que o aumento do SAT poderá afetar seriamente o equilíbrio atuarial dessas companhias.


Fonte: Jornal do Comércio - RS (Por Danilo Pieri Pereira)


Posts relacionados

Vida em Grupo, por Redação

Seguradoras afirmam que não vão trabalhar com agentes de seguros

A audiência pública da Susep, referente a resolução do CNSP que disciplina a atuação do agente de seguros, foi um dos assuntos

Vida em Grupo, por Redação

Vida para o corretor de seguros

Pesquisa da MetLife aponta que entre os principais atributos notados pelo cliente na escolha da companhia estão custo adequado e a indicação do corretor

Vida em Grupo, por Redação

Setor de seguros fatura R$ 45 bi no primeiro semestre de 2012

Levantamento feito pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP) confirma o momento relativamente favorável do mercado segurador brasileiro, diante das circunstâncias da economia mundial.

Vida em Grupo, por Redação

Economia e classe média impulsionam crescimento dos seguros de pessoas

Somos 7 bilhões de pessoas. "Como será este mundo apertado?", questionou Cláudio Leão, superintendente regional da Bradesco Vida e Previdência, durante o III Workshop Seg News Seguro de Pessoas - "O Seguro de Vida e a Previdência Privada em Crescimento no Brasil", realizado em 10 de novembro, no Blue Tree Towers Paulista, em São Paulo (SP).

Deixe seu Comentário:

=