Publicado por Redação em Notícias Gerais - 27/04/2012

Até março, governo cumpre 32,9% da meta para superavit primário

O Banco Central informou nesta sexta-feira (27) que, nos primeiros três meses do ano, cumpriu 32,9% da meta do ano para o superavit primário (economia para o pagamento de parte dos juros da dívida pública) do setor público. O montante inclui os saldos registrados pela União, governos municipais, municipais e estatais (com exceção da Petrobras e da Eletrobras).

Apesar disso, o pagamento de juros aos credores totalizou R$ 21 bilhões, o maior valor da história para meses de março. No acumulado do ano, o pagamento de juros nominais aos credores foi de R$ 59 bilhões, ou 5,78% do PIB (Produto Interno Bruto), uma redução de 0,34 ponto percentual do PIB na comparação com o primeiro trimestre de 2011. A redução, no caso dessa comparação em relação ao PIB, ocorreu por causa dos cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic, e pelo maior controle da inflação neste ano.

A dívida líquida do setor público encerrou o mês passado em um montante equivalente a 36,6% do PIB. Segundo Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, a expectativa é que em abril esse percentual caia para 36%, o menor da história. A desvalorização cambial, segundo ele, foi responsável pela queda desse indicador (isso porque, quando se considera as reservas internacionais, o Brasil é credor em dólar).

No mês passado, o superavit foi de R$ 10,5 bilhões, e no acumulado do ano, R$ 46 bilhões, melhor resultado da história para um primeiro trimestre e o equivalente a 4,51% do PIB. A meta para o ano é de R$ 139,8 bilhões.

ENTENDA

Superavit primário é o quanto de receita o governo consegue economizar, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida.

Como o governo precisa reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB, essa economia de receitas tem sido usada para pagar os juros desses débitos de modo a impedir seu maior crescimento e sinalizar ao mercado que haverá recursos suficientes para honrá-los no futuro.

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem mantido uma política de superavit altos quando comparados aos resultados obtidos pela maioria dos outros países.

Em 2011, o superavit brasileiro foi de 2,26% do PIB, acima dos 2,09% de 2010. Para 2012, a meta é economizar R$ 96,97 bilhões. Em 2011, o superavit primário foi de R$ 93,51 bilhões, ultrapassando a meta para o ano, que era de R$ 91,8 bilhões. Em 2010, somou R$ 78,77 bilhões.

Fonte: Folha


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