Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 11/07/2011

Anvisa estipula conjunto de regras para laparoscopia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pôs em consulta pública um conjunto de novas regras para melhorar a segurança das clínicas de laparoscopia. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
 
 O texto, discutido por um ano com representantes de várias especialidades médicas, estuipula, por exemplo, como deve ser feito o procedimento de limpeza dos instrumentos usados. Quando a desinfecção não é feita da forma adequada, o paciente fica exposto a uma série de infecções, como hepatites B e C.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Endoscopia, há muitas clínicas ruins, que não observam regras básicas de segurança com o material;
 
De acordo com a Anvisa, um profissional trabalhando em esquema de mutirão realizou em um único dia mais de 30 exames de colonoscopia com apenas um aparelho.
 
E ressalta que se as técnicas de desinfecção tivessem sido adotadas, ele teria levado pelo menos 40 minutos entre um procedimento e outro. A colonoscopia é o exame feito por endoscopia para identificar problemas no reto e no intestino grosso.
 
Além disso, para a Agência, nem todas as clínicas que fazem o exame seguem as medidas de limpeza, que vão da lavagem cuidadosa do endoscópio ao uso de um produto saneante, encarregado de eliminar os micro-organismos.
 
Comprovação difícil. No Brasil, não há estudos sobre infecções contraídas durante laparoscopia. Dados internacionais estimam que o risco é de 1 caso a cada 1 milhão de exames.
 
Muitas vezes, o paciente descobre a infecção tempos depois da realização do exame. Por isso, esquece de fazer uma relação entre causa e efeito.
 
A resolução traz normas específicas sobre a infraestrutura dos serviços. As regras variam de acordo com a complexidade do procedimento. Nas clínicas em que o paciente não precisa ser sedado, a infraestrutura é mais simples. Naquelas em que o paciente tem de receber anestesia, as exigências são maiores.
 
Entre as especialidades médicas que participaram do preparo do texto estão gastroenterologia, otorrinolaringologia e ginecologia. As regras propostas pela resolução ficarão em consulta pública durante 60 dias.
 
Fonte: www.saudeweb.com.br | 11.07.11

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