Publicado por Redação em Vida em Grupo - 29/06/2011
Alto custo da internet é principal problema para o acesso à rede
SÃO PAULO – A maioria das pessoas que, apesar de possuir computador em casa, não possui internet, alega que não tem acesso à rede por conta dos altos custos do serviço.
De acordo com a sexta pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Comitê Gestor Internet no Brasil, que entrevistou mais de 24 mil domicílios em todas as regiões do Brasil, 49% das famílias consideram os custos para ter internet em casa muito elevado.
Outras 23% culpam a falta de disponibilidade do serviço na região onde mora. Ainda, 16% afirmaram simplesmente não ter interesse e 12% não têm habilidade para o manejo da ferramenta.
Dificuldades
Os dados da pesquisa formam o quadro que compõe as barreiras ao uso da internet no Brasil e que não estão necessariamente associadas a problemas de infraestrutura, mas sim à falta de apropriação da tecnologia pela população.
A população também falou sobre as dificuldades, relacionadas à acessibilidade, que encontram na navegação. Mais de 35% afirmaram que seu principal problema é o fato de que acessar sites ou páginas demora muito, pois as páginas são muito pesadas.
Não encontrar as informações desejadas no site também foi apontado como um problema para 22% dos entrevistados. Mais 14% dos entrevistados afirmam possuir dificuldades relacionadas a ler um texto longo e 11% em acessar páginas com janelas que aparecem na tela.
Esses resultados da pesquisa acabaram por confirmar algo que já era conhecido: as pessoas confundem muito a internet com sua interface gráfica, ou seja, a Web.
No caminho da mobilidade
A pesquisa também apontou que houve um forte crescimento, em 2010, de tecnologias que favorecem a mobilidade. Nesse sentido, observou-se um grande aumento na presença de computadores portáteis e telefones celulares nos domicílios.
A penetração de notebooks nos domicílios brasileiros avançou mais de 60%, passando de 14% em 2009 para 23% em 2010. Vale destacar que o crescimento aconteceu especialmente nas áreas urbanas e entre as classes sociais mais elevadas.
Entre a classe A, 70% dos domicílios possuem computadores portáteis enquanto nas classes C e DE, esse percentual cai pela metade.
Em relação aos telefones celulares, os menos favorecidos apresentaram maior crescimento proporcional. Em 2010, na comparação com 2009, houve um crescimento de 10% no total de domicílios da zona rural com aparelhos celulares.
Fonte: web.infomoney.com.br | 29.06.11