Publicado por Redação em Notícias Gerais - 17/06/2011
Alemanha suaviza discurso sobre novo pacote de ajuda para a Grécia
SÃO PAULO - As declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre a crise na Grécia mostram que as lideranças das duas principais economias da Europa buscam um discurso alinhado entre si e com o BCE (Banco Central Europeu).
Nesta sexta-feira (17), Merkel e Sarkozy realizaram uma conferência de imprensa em Berlim. As declarações de ambos foram, de modo geral, bem recebidas pelo mercado, com os índices de ações da região e o euro recuperando parte das perdas recentes.
Alemanha alivia discurso
O impasse entre a Alemanha e o BCE sobre a participação dos investidores privados num novo pacote de resgate para a Grécia - defendida pelos alemães e rechaçada pela autoridade monetária - perdeu força após as declarações de Merkel nesta sexta-feira.
Segundo a chanceler alemã, seu país vai trabalhar em conjunto com o BCE, defendendo a participação dos investidores privados de modo voluntário num novo pacote de resgate para os gregos.
Nesse sentido, a líder da Alemanha avalia que a iniciativa de Viena, que em 2009 estimulou credores a participar de resgates por meio da compra de obrigações, constitui uma boa base para a participação dos credores privados da dívida grega no novo resgate. Além disso, Merkel também elogiou os esforços do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, e pediu para a oposição grega apoiá-lo.
Condições
O presidente francês cita algumas condições básicas para a participação dos investidores privados no novo pacote de auxílio para a Grécia. Primeiro, a necessidade que tal participação seja voluntária, evitando assim criar aglo que poderia ser entendido como um calote da dívida.
Depois, Sarkozy apontou ainda para a necessidade de que se tenha o apoio da autoridade monetária da Zona do Euro e que os termos do novo auxílio sejam acertados rapidamente. Desta forma, o presidente francês indica a necessidade de que as conversas acerca do tema cheguem a um consenso o mais rápido possível.
Na mesma linha, mas sem estabelecer um prazo para que um novo pacote de auxílio seja finalizado, a chanceler alemã afirmou que quanto mais rápido a crise for resolvida, melhor.
Fonte: web.infomoney.com.br | 17.06.11