Publicado por Redação em Dental - 29/06/2011

Adultos têm medo de ir ao dentista

 

Embora os tratamentos odontológicos tenham sido aperfeiçoados nas últimas décadas, as pessoas ainda ficam ansiosas enquanto aguardam sua vez de serem atendidas.
 
Não é mito: adultos têm medo ou ficam ansiosos quando vão ao dentista. E muitos dos que se sentem assim relatam já ter vivenciado uma situação traumatizante relacionada ao tratamento odontológico. É o que revela pesquisa desenvolvida por Sibele Sarti Penha e sua equipe, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).
 
“Uma das dificuldades encontradas pelo clínico durante o atendimento odontológico é o medo que alguns pacientes manifestam ter em relação aos procedimentos que terão curso durante a sessão”. Apesar do aperfeiçoamento dos equipamentos e dos procedimentos dentais e de métodos de prevenção, o relato de ansiedade e dor e/ou desconforto, associado ao tratamento dental, parece não ter mudado com o passar do tempo, dizem.
 
Foram entrevistados cerca de 250 pacientes que procuraram um serviço odontológico de emergência no município de São Paulo. As entrevistas foram feitas enquanto os pacientes aguardavam sua vez de serem atendidos. “Foram identificados 28,2% de indivíduos com algum grau de ansiedade, em que as mulheres foram consideradas mais ansiosas que os homens; e 14,3% de pacientes com alto grau de medo”, relatam Sibele e sua equipe no artigo. “Experiência traumática anterior ocorreu em 46,5% dos pacientes ansiosos”, completam.
 
A maioria dos entrevistados disse ter procurado o serviço odontológico de emergência por estar sentindo dor. “A demora para procura de alívio dos sintomas foi maior do que sete dias em 44,4% da amostra. E, na presença de dor, 48,0% dos pacientes afirmaram que somente procuraram ou procurariam atendimento quando a intensidade da dor fosse insuportável”, comentam os pesquisadores no artigo.
 
Apesar desse discurso, as mulheres ansiosas compareceram ao dentista com freqüência relativamente elevada. Os pacientes com medo, de ambos os sexos, também não tardaram a procurar o dentista após notarem agravos em sua saúde bucal. “Isto sugere que pacientes de emergência que apresentam medo procuram atendimento no início dos sintomas. Esta procura imediata pode representar uma tentativa de sanar a queixa odontológica rapidamente, evitando possíveis complicações e o recrudescimento do quadro”, concluem Sibele e sua equipe no artigo.
 
Fonte: odontologika.uol.com.br | 29.06.11

Posts relacionados

Dental, por Redação

Castanha-do-pará ajuda a combater cárie

A castanha-do-pará com toda sua gama de benefícios já caiu no gosto popular há algum tempo. Além de retardar o envelhecimento, a oleaginosa é aliada da saúde bucal.

Dental, por Redação

Perda de dente, sensibilidade, câncer; pare de fumar no Dia Mundial de Combate ao Fumo

Hoje, 31 de maio, é o Dia Mundial de Combate ao Fumo, e o apelo é para que as pessoas larguem o cigarro e preservem sua saúde, inclusive a bucal.

Dental, por Redação

Uso toxina botulínica em tratamentos odontológicos

Que a toxina botulínica é eficaz em tratamentos estéticos nós sabemos, mas com fins medicinais e terapêuticos é novidade para muitas pessoas. Hoje, a toxina é utilizada por diversos especialistas e atua em tratamentos neurológicos para pacientes com paralisia cerebral

Dental, por Redação

Pesquisa analisa percepção pública da saúde bucal no SUS

Tese de doutorado defendida por Marco Antonio Manfredini na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) trata do controle social na área e dos entraves à promoção da saúde bucal

Deixe seu Comentário:

=