Publicado por Redação em Notícias Gerais - 02/08/2011

Acordo norte-americano sobre teto da dívida agrada e risco-País recua 15 pontos

SÃO PAULO - O indicador de risco-País recuou 15 pontos-base nessa segunda-feira (1), refletindo a melhora na perspectiva para a economia brasileira, assim como o encaminhamento da crise da dívida norte-americana. 
 
Por aqui, o Banco Central divulgou seu Relatório Focus, mostrando leve alta na mediana da projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) e estabilidade para a expectativa acerca dos índices de preços, ambos em relação ao que era previsto na última semana. Além disso a balança comercial brasileira mostrou superávit de US$ 3,135 bilhões no mês de julho.
 
Estados Unidos
O mercado refletiu o acordo entre líderes democratas e republicanos nos EUA para elevar o teto da dívida pública americana anunciado na noite deste domingo (31), ratificado pelo congresso na noite dessa segunda e pendente a aprovação pelo senado do país.
 
Contudo, essa solução pode não ser o suficiente e pode não evitar um possível o rebaixamento do rating norte americano pelas agências de classificação de risco S&P, Moody's e Fitch, que acreditam que o plano não vai aliviar suficientemente a situação fiscal do país no longo prazo.
 
O mercado também viu a divulgação do ISM Index de julho conforme os dados divulgados nesta segunda, mostrando resultado abaixo das estimativas do mercado. Por outro lado, os gastos com construção civil na maior economia mundial subiram 0,2% em junho, resultado melhor do que o esperado.
 
Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em alta de 0,17% na noite desta segunda-feira, cotado a 137,05 centavos de dólar. Entre outros bônus globais, o destaque ficou com o Global 15, que mostra alta de 0,04%.
 
Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 145 pontos base.
 
O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.
 
Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.
 
Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.
 
Fonte: web.infomoney.com.br | 02.08.11

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