Publicado por Redação em Dental - 30/11/2015
A importância da saúde bucal
Semana passada foi comemorado o dia do profissional que utiliza a arte e toda a sua sensibilidade para nos proporcionar belo sorriso: o cirurgião-dentista. São mais de 248 mil profissionais da área no nosso País, sendo que a maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Em homenagem a esses cuidadores do que muitos acreditam ser o ‘espelho da alma’, que tal falarmos um pouco sobre a sua saúde bucal?
Para desenvolvimento saudável do ser humano, sabemos que alguns fatores são indispensáveis. E tudo começa pela boca, por meio da prática correta de higienização e alimentação saudável.
A atenção com os cuidados da dentição é essencial dos primeiros meses de vida à terceira idade. Até existe debate sobre os cuidados de prevenção e promoção da saúde bucal com técnicas modernas de desenvolvimento. Mas uma coisa é certa: a funcionalidade dos tratamentos odontológicos.
Há longo caminho para ser percorrido no que diz respeito ao assunto e falta apoio em relação aos investimentos proporcionados por órgãos públicos. Dados alarmantes mostram cada vez mais a necessidade de desenvolvimento na conscientização das pessoas no quesito.
Segundo pesquisa realizada pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 2014, o Brasil registra mais de 11,2 mil casos novos de câncer da cavidade oral, 4.010 em mulheres, a cada ano. Isso significa risco estimado de 11,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres.
Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são tabagismo, alcoolismo, infecções por HPV (Human Papiloma Virus, na sigle em inglês, papilomavírus humano na tradução livre) – principalmente pelo tipo 16 e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Pesquisas demonstram risco muito maior de desenvolver câncer na cavidade oral em indivíduos tabagistas e etilistas do que em relação à população que não faz o uso desses vícios.
Além disso, há ainda a existência de sinergia entre ambos. Ressalta-se também aumento no risco de acordo com o tempo cronológico que a pessoa faz o uso do tabagismo, com o número de cigarros por dia e com a frequência e quantidade ingerida de bebidas alcoólicas.
Se considerarmos que o País está passando por processo expressivo de envelhecimento populacional, de maneira rápida e intensa, é natural que o interesse e a preocupação da saúde como um todo aumentem. A saúde bucal não deve ser exceção.
Marcos Antônio do Amaral é professor e coordenador do curso de Odontologia da Unopar.
Fonte: Diário do Grande ABC