Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 28/06/2011
4000 anos em 18 meses
Se qualquer um de nós pudesse viver 4.000 anos, com certeza seria rico. Esta constatação é bastante simples. Você teria tempo para errar bastante – e acertar também – e isso traria riqueza suficiente para que pudesse contribuir muito com o mundo.
Antes que entremos num debate maior, não creio que tudo o que temos que fazer está relacionado à riqueza, mas este é o tema deste artigo – riqueza, patrimônio.
O tempo ajudaria muito, porém temos no máximo 100 anos e num ritmo acelerado que acaba nos levando a outro plano antes mesmo de completar essa idade. Como CEOs de nossos negócios não podemos contar com os tais 4.000 anos. Temos que nos conter e imaginar como criar riqueza em nossas empresas em um espaço curto. Na média, nossos planos estão relacionados com um período de tempo bastante inferior aos 4.000 anos: 18 meses.
Em 18 meses, com bastante gestão de tempo podemos ver duas crianças nascerem, abrir uma empresa e criar empregos, dar andamento em planos de negócios agressivos, conquistar coisas e até mudar o mundo. Isso daria um filme bastante ambicioso com o título “Os 18 meses que mudaram o mundo”.
Como CEOs, o tempo corre contra tudo, portanto segue abaixo uma lista com três atividades prioritárias que devem nortear a vida de um CEO diariamente, como diria um grande amigo, professor da Fundação Dom Cabral.
1) Olho nos prazos – se o CEO precisa transformar 4.000 anos em 18 meses não pode, de forma alguma tirar os olhos dos prazos. Eles serão os grandes aliados ou vilões do alcance dos objetivos. Se houvesse mais tempo, conseguiríamos, mas só temos esse tempo;
2) Olho no orçamento – o orçamento é a mais completa tradução do painel que um CEO deve ter todos os dias. Ele deve acordar pensando nisso e dormir pensando nisso. O orçamento é o termômetro de sua organização. Verificar se há desvios o coloca numa posição de possibilidades, opções. Não olhar, dá ao CEO a posição passiva de justificar ou analisar os erros;
3) Olho no valor da sua empresa. É um fato que toda empresa um dia comprará alguém ou será vendida. Isso faz parte da vida moderna. O valor de uma organização ajuda em ambas as situações. Há várias formas de fazer a medição do valor de uma empresa, sendo o mais comum através do resultado do ano anterior em margem ebitda (ganhos antes dos investimentos, impostos, depreciações e amortizações).
Seria fácil para qualquer um fazer tudo isso em 4.000 anos. Fazer em 18 meses é só para quem respira os pontos acima.
De repente me lembrei de um filme maravilhoso chamado “O feitiço do tempo”, onde o personagem principal, um jornalista, viaja contra seu gosto a uma cidade pequena, onde tradicionalmente uma marmota mostra anualmente o período de inverno e o tempo em que acontecerá. Todos os dias o personagem acorda no mesmo dia. Todos os dias ele acorda no dia da marmota.
O fato é que no início isso dá a ele uma angústia, um desespero. Depois de algum tempo ele entende que acordar todos os dias no mesmo dia dá a ele um poder descomunal, uma vantagem competitiva nunca antes vista, uma eternidade diária, capaz de fazer com que ele enriqueça ou simplesmente possa ver a vida de outra maneira.
Alberto Leite é Diretor Executivo e Publisher da IT Mídia s.a
Fonte: www.saudeweb.com.br | 28.06.11