Publicado por Redação em Notícias Gerais - 11/09/2015

11 bancos brasileiros perdem grau de investimento

Bradesco

A Standard & Poor's, após cortar as notas de crédito do Brasil e de 31 empresas brasileiras, rebaixou na noite desta quinta-feira, dia 10, as notas de 13 bancos brasileiros, entre eles os maiores do país, como Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco. Destes, onze perderam o grau de investimento.

A ação ocorre um dia após o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, que perdeu o selo de bom pagador (grau de investimento) na classificação da S&P, o que motivou a decisão de rebaixar os bancos.

A S&P explicou que as instituições financeiras, normalmente, seguem a avaliação do crédito soberano, durante o estresse soberano, poderes regulatórios podem "restringir a flexibilidade financeira do sistema bancário", e "porque os bancos costumam ser afetados pelos mesmo fatores econômicos que causam o estresse soberano".

A esperada retração da economia em 2015 vai afetar os bancos e vai levar a um período de ajuste nos próximos 12 a 18 meses e afetar a melhora recente na qualidade de seus ativos e rentabilidade, diz a agência.

"Nos últimos dois anos, grandes bancos focaram em ativos mais seguros e menos cíclicos que, em nossa visão, vão possibilitá-los aguentar a fraqueza da economia", diz a S&P.

A agência, por outro lado, concluiu que bancos de pequeno e médio porte, que concentram em emprestar para pequenos e médios negócios e tem alta exposição a setores cíclicos, vão sofrer perdas de crédito significativas, e podem levar a uma revisão negativa de nosso capital e ganhos e a avaliação da posição de risco nestes bancos.

“Acreditamos que o perfil de crédito do Brasil enfraqueceu desde o dia 28 de julho, quando revisamos a perspectiva [da nota do país] para negativa. Nesse momento, observamos riscos maiores para as mudanças nas políticas de ajuste ainda em andamento, especialmente da dinâmica política no Congresso associada aos efeitos das investigações de corrupção da estatal Petrobras”, disse a agência em comunicado.

Veja a lista dos 11 bancos que perderam grau de investimento:
Banco Safra S.A
Banco Bradesco S.A
Banco Citibank S.A
Itau Unibanco Holding S.A
Itau Unibanco S.A
Banco Santander (Brasil) S.A
Banco do Nordeste do Brasil S.A
Banco do Brasil S.A.
Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A.
Caixa Economica Federal S.A (Caixa)
Banco Nacional de Desenvolvimento Social S.A (BNDES).

Os onze bancos que perderam o selo de bom pagador caíram um degrau na classificação da S&P, de BBB- para BB+. Os bancos BTG Pactual e Pan, que já não possuíam grau de investimento, também foram rebaixados.

Outros dois bancos tiveram seus ratings mantidos, mas a perspectiva alterada para negativa: Banco Votorantim S.A. e Banco ABC Brasil S.A.

O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de risco, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido.

Fonte: MSN


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Empresas e pessoas físicas com US$ 100 mil ou mais no exterior devem entregar declaração ao BC

O Banco Central (BC) começa a receber, no dia 15, a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) relativa ao ano de 2012. De acordo com a Circular nº 3.624, publicada nesta quarta-feira (6), a declaração anual deve ser entregue até as 18h de 5 de abril.

Notícias Gerais, por Redação

Brasileiros usam mais de R$ 1 bilhão em cheque especial por dia, diz BC

Os brasileiros que não conseguiram fechar as contas usaram R$ 1,184 bilhão do cheque especial, em média, por dia, em agosto, segundo dados do Banco Central (BC). No mês, o saldo dessas operações ficou em R$ 21,095 bilhões, redução de 1,3% em relação a julho.

Notícias Gerais, por Redação

Dólar opera em queda nesta terça, após estabilidade da véspera

O dólar opera em leve queda nesta terça-feira (27), em linha com os mercados no exterior, que reabriam após os feriados de Natal.

Notícias Gerais, por Redação

BC agiu precipitadamente ao cortar taxa de juros, diz diretor keynesiano

O diretor da AKB (Associação Keynesiana Brasileira) José Luis da Costa Oreiro disse nesta segunda-feira (26) que o Banco Central agiu precipitadamente ao cortar a taxa de juros no dia 31 de agosto, de 12,5% para 12%.

Deixe seu Comentário:

=